Analogia da linha dividida

A analogia da linha dividida (em grego: γραμμὴ δίχα τετμημένη) é apresentada pelo filósofo grego Platão na República (509d-511e). Está escrita como um diálogo entre Glaucão e Sócrates, no qual este detalha ainda mais a Analogia do Sol imediatamente anterior, a pedido do primeiro. Sócrates pede a Glaucão que não apenas visualize tal linha desigualmente dividida, mas que imagine dividir ainda mais cada um dos dois segmentos. Sócrates explica que os quatro segmentos resultantes representam quatro 'afetos' (παθήματα) da psique separados. As duas seções inferiores representam o visível, enquanto as duas superiores representam o inteligível. Essas afeições são descritas em sucessão como correspondendo a níveis crescentes de realidade e verdade, da conjectura (εἰκασία) à crença (πίστις), ao pensamento (διάνοια) e, finalmente, à compreensão (νόησις). Além disso, essa analogia não apenas elabora uma teoria da psique, mas também apresenta visões metafísicas e epistemológicas.


From Wikipedia, the free encyclopedia · View on Wikipedia

Developed by Nelliwinne