Arquitetura barroca

Fachada da Igreja de São Carlos, em Noto, Sicília
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A arquitetura barroca (AO 1945: arquitectura barroca) é o estilo arquitectónico praticado durante o período barroco que, precedido pelo Renascimento e maneirismo, inicia-se a partir do século XVII, durante o período do absolutismo,[1] e decorre até à primeira metade do século XVIII. A palavra portuguesa “barroco” define uma pérola de forma irregular (pérola imperfeita).[2]

De facto, as características fundamentais da arquitectura barroca são as formas plásticas, com predilecção pelas linhas curvas, com movimentos sinuosos, como elipses, espirais ou curvas de construção policêntrica, por vezes com motivos que se entrelaçam, tanto que a sua geometria pode ser quase indecifrável. Tudo devia suscitar admiração e o forte sentido de teatralidade levou o arquitecto a procurar uma obra de arte unificada, fundindo pintura, escultura e estuque na composição espacial, e sublinhando tudo através de sugestivos jogos de luz e sombra. Contudo, esta definição não é aplicável a todos os países europeus; na França, na Inglaterra, em diversas regiões do norte da Europa e, posteriormente, até na Itália, o barroco foi revivido através de formas derivadas do Renascimento e da arquitetura antiga, no que se define como classicismo barroco.[1]

Muitos são os pontos que se relacionam como os princípios do desenho espacial das composições arquitectónicas: esta é uma arquitetura de “espaços abertos e vistas amplas”,[3] que dá a ilusão de espaço infinito, perspectivas infinitas. Se a arquitetura do classicismo é caracterizada pelo equilíbrio, proporcionalidade harmoniosa, composição fechada, tectónica: clareza das divisões e simetria das fachadas, então a arquitetura do estilo barroco, pelo contrário, é caracterizada pela abertura e dinamismo, interação ativa de volumes com o espaço envolvente ("introdução" do volume no espaço), a interação dinâmica do interior com o exterior da composição arquitetónica, o domínio da verticalidade em vez da horizontalidade clássica. No barroco, o ponto focal transforma-se numa força de desenho que traz ordem ao caos. O contraventamento do entablamento, o frontão quebrado, a disposição irregular das pilastras e colunas criam relevo das fachadas com efeitos de claro-escuro, especialmente em “perspectivas angulares", que servem os mesmos propósitos - teoria da perspectiva. Tudo isto confere à arquitectura um carácter pitoresco.[4]

Considerando que o Renascimento contou com a riqueza e o poder dos tribunais italianos e era uma mistura de forças seculares e religiosas, o estímulo mais importante para o surgimento e desenvolvimento do estilo barroco são as grandes descobertas geográficas e científicas dos séculos XVI e XVII, que ampliaram significativamente a compreensão das pessoas sobre o tempo e o espaço.

O vocabulário formal da arquitetura antiga, redescoberto e reinterpretado pelo Renascimento, é utilizado de uma nova maneira, mais retórica, mais teatral, mais ostensiva, para servir o projeto absolutista e triunfal da Igreja Católica e dos estados. Visando a piedade popular, o barroco nasce num ambiente em que a ideologia e a estética do catolicismo, o movimento ideológico da Contrarreforma e as decisões do Concílio de Trento da Igreja Católica[a] — em particular, no contexto das novas ordens religiosas, como os teatinos e os jesuítas — a pessoa que entra e permanece numa igreja ou palácio deve ficar impressionada com a beleza e o esplendor que simbolizam a glória de Deus ou do poder absoluto.[5]

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  2. «barroco». Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora. Infopédia 
  3. Vlasov 2012, pp. 210-214.
  4. Vlasov 2004, pp. 56-65.
  5. Hubala 1990, pp. 207-211.


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