Charlie Chaplin

Charlie Chaplin
Charlie Chaplin
Chaplin, cerca de 1920
Nome completo Charles Spencer Chaplin, Jr.
Nascimento 16 de abril de 1889
Walworth, Londres, Inglaterra
Morte 25 de dezembro de 1977 (88 anos)
Corsier-sur-Vevey, Vaud, Suíça
Causa da morte derrame
Nacionalidade britânico
Progenitores Mãe: Hannah Hill
Pai: Charles Chaplin Sr.
Cônjuge Mildred Harris (c. 1918; div. 1920)
Lita Grey (c. 1924; div. 1927)
Paulette Goddard (c. 1936; div. 1942)
Oona O'Neill (c. 1943; m. 1977)
Filho(a)(s) 11 (incluindo Charles, Sydney, Geraldine)
Ocupação ator
comediante
diretor
compositor
roteirista
cineasta
editor
músico
Período de atividade 1899–1976
Prêmios Lista completa
Assinatura
Página oficial
charliechaplin.com

Sir Charles Spencer "Charlie" Chaplin, Jr. KBE (Londres, 16 de abril de 1889Corsier-sur-Vevey,[1] 25 de dezembro de 1977) foi um ator, comediante, diretor, compositor, roteirista, cineasta, editor e músico britânico. Chaplin é considerado o principal ator da era do cinema mudo, notabilizado pelo uso de mímica e da comédia pastelão. É conhecido pelos seus filmes O Imigrante, O Garoto, Em Busca do Ouro (este considerado por ele seu melhor filme), O Circo, Luzes da Cidade, Tempos Modernos, O Grande Ditador, Luzes da Ribalta, Um Rei em Nova Iorque e A Condessa de Hong Kong.

Influenciado pelo trabalho dos antecessores Max Linder, Georges Méliès, D. W. Griffith Luís e Auguste Lumière, e compartilhando o trabalho com Douglas Fairbanks e Mary Pickford, foi inspirado pela mímica, pantomima e o gênero pastelão. Influenciou um grande número de comediantes e cineastas, como Federico Fellini, Os Três Patetas, Peter Sellers, Milton Berle, Marcel Marceau, Jacques Tati, Rowan Atkinson, Johnny Depp, Michael Jackson, Sacha Baron Cohen, Harold Lloyd, Buster Keaton, Roberto Gómez Bolaños e Renato Aragão.[2] É considerado por alguns críticos o maior artista cinematográfico de todos os tempos e um dos "pais do cinema", junto com os Irmãos Lumière, Georges Méliès e D.W. Griffith.[3]

Charlie Chaplin atuou, dirigiu, escreveu, produziu e financiou seus próprios filmes, sendo fortemente influenciado por um antecessor, o comediante francês Max Linder, a quem dedicou um de seus filmes. Sua carreira no ramo do entretenimento durou mais de 75 anos, desde suas primeiras atuações quando ainda era criança nos teatros do Reino Unido, durante a Era Vitoriana, até próximo de sua morte, aos 88 anos de idade. Sua vida pública e privada abrangia adulação e controvérsia. Juntamente com Mary Pickford, Douglas Fairbanks e D. W. Griffith, Chaplin fundou a United Artists, em 1919.[4]

Seu principal e mais famoso personagem foi The Tramp, conhecido como Charlot na Europa e igualmente conhecido como Carlitos ou "O Vagabundo" no Brasil. Consiste em um andarilho pobretão que possui todas as maneiras refinadas e a dignidade de um cavalheiro (gentleman), usando um fraque preto esgarçado, calças e sapatos desgastados e mais largos que o seu número, um chapéu-coco ou cartola, uma bengala de bambu e - sua marca pessoal - um pequeno bigode.

Foi também um talentoso jogador de xadrez e chegou a enfrentar o campeão estadunidense Samuel Reshevsky.

Em 2008, em uma resenha do livro Chaplin: A Life, Martin Sieff escreve:

"Chaplin não foi apenas 'grande', ele foi gigantesco. Em 1915, ele estourou um mundo dilacerado pela guerra trazendo o dom da comédia, risos e alívio enquanto ele próprio estava se dividindo ao meio pela Primeira Guerra Mundial. Durante os próximos 55 anos, através da Grande Depressão e da ascensão de Hitler, ele permaneceu no emprego. Ele foi maior do que qualquer um. É duvidoso que algum outro indivíduo tenha dado mais entretenimento, prazer e alívio para tantos seres humanos quando eles mais precisavam".[5]

Por sua inigualável contribuição ao desenvolvimento da sétima arte, Chaplin é o mais homenageado cineasta de todos os tempos, sendo ainda em vida condecorado pelos governos britânico (Cavaleiro do Império Britânico) e francês (Légion d 'Honneur), pela Universidade de Oxford (Doutor Honoris Causa) e pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos (Oscar especial pelo conjunto da obra, em 1972).[6]

  1. Leonel Oliveira, ed. (1997). «Charlie Chaplin». Nova Enciclopédia Larousse. 6. Lisboa: Círculo de Leitores. pp. 1647–1648. ISBN 972-42-1476-1 
  2. Beauregard, Luis Pablo (29 de novembro de 2014). «Chaves, do amor ao ódio em sua terra». EL PAÍS 
  3. "A Short History of Film" de Wheeler Winston Dixon, "The Oxford History of World Cinema" de Geoffrey Nowell-Smith e "The Film Director's Intuition: Script Analysis and Rehearsal Techniques" de Judith Weston.
  4. Infopédia. «United Artists - Infopédia». Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 25 de dezembro de 2021 
  5. Weissman, Stephen (21 de dezembro de 2008). «BOOKS: Chaplin lifted weary world's spirits». The Washington Times (em inglês). Consultado em 4 de janeiro de 2010 
  6. «Opinião 11-03-2016». Folha de Boa Vista. Consultado em 5 de outubro de 2022 

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