Corporativismo social

O corporativismo social, também chamado de corporativismo social-democrata[1] ou corporativismo societal é uma forma de corporativismo econômico tripartido, baseado em uma parceria social entre os interesses do capital e do trabalho, envolvendo negociação coletiva entre representantes dos empregadores e trabalho mediado pelo governo em nível nacional. Ele difere do corporativismo estatal, autoritário, e é associado ao termo neocorporativismo, aparecendo como um sinônimo ou forma dele.[2][3] Ainda segundo outros, é considerado um contraponto ao modelo sindical convencional de representação classista, visando à solução de controvérsias sem dominação do Estado ou de grupo sociais, mas através de uma articulação intermediária de associações compostas por trabalhadores, empregadores e representantes, gradualmente incluindo a sociedade nas decisões públicas.[4] Philippe C. Schmitter considera o corporativismo societal como um componente dos Estados de Bem-Estar democráticos e pós-liberais.[3] O corporativismo social é um componente importante do modelo nórdico de capitalismo e, em menor grau, das economias de mercado social da Europa Ocidental.[5] Considera-se um compromisso regular o conflito entre capital e trabalho, encarregando-os a realizar consultas mútuas mediadas pelo governo.[6][7]

Geralmente apoiado por partidos políticos nacionalistas[8] e/ou social-democratas, o corporativismo social se desenvolveu no período pós- Segunda Guerra Mundial, influenciado por social-democratas e democratas cristãos em países europeus como Áustria, Noruega, Holanda, Alemanha e Suécia.[9] O corporativismo social também foi adotado em diferentes configurações e em graus variados em vários países europeus.

Os países nórdicos têm a forma mais abrangente de negociação coletiva, onde os sindicatos são representados em nível nacional por organizações oficiais, ao lado de associações de empregadores. Juntamente com as políticas do estado de bem-estar desses países, isso forma o que é chamado de modelo nórdico. Existem modelos menos extensos na Alemanha e na Áustria, que são componentes do capitalismo renano.

  1. Hicks 1988.
  2. Moghaddam, Fathali M. (3 de maio de 2017). The SAGE Encyclopedia of Political Behavior (em inglês). [S.l.]: SAGE Publications. ISBN 978-1-5063-5327-2 
  3. a b Araújo, Angela M. C.; Tapia, Jorge R. B. Tapia (1991). «Corporativismo e Neocorporativismo: o exame de duas trajetórias». BIB (32) 
  4. Galvão, Eduardo Ribeiro (18 de outubro de 2016). Fundamentos De Relações Governamentais. [S.l.]: Clube de Autores (managed) 
  5. Rosser & Rosser 2003, p. 226.
  6. Peter J. Katzenstein. Corporatism and change: Austria, Switzerland, and the politics of industry. Ithaca, United States. Cornell University Press. 1984 (first publication). 1987 (first printing). pp. 74–75.
  7. Moschonas 2002, pp. 63–69.
  8. R.J. Overy. 2004. p. 614.
  9. Moschonas 2002, p. 64.

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