Diagrama de Venn

Diagrama de Venn-Euler onde se mostra a interseção das letras dos alfabetos Grego, Latino e Cirílico.

Designam-se por diagramas de Venn os diagramas usados em matemática para simbolizar graficamente propriedades, axiomas e problemas relativos aos conjuntos e sua teoria.

Os respectivos diagramas consistem de curvas fechadas simples desenhadas sobre um plano, de forma a simbolizar os conjuntos e permitir a representação das relações de pertença entre conjuntos e seus elementos (por exemplo, 4 ∈ {3,4,5}, mas 4 ∉ {1,2,3,12})[1][2] e relações de continência (inclusão) entre os conjuntos (por exemplo, {1, 3} ⊂ {1, 2, 3, 4}).[3][4] Assim, duas curvas que não se tocam e estão uma no espaço interno da outra simbolizam conjuntos que possuem continência; ao passo que o ponto interno a uma curva representa um elemento pertencente ao conjunto.[5][6]

Do mesmo modo, espaços internos comuns a dois ou mais conjuntos representam a sua interseção, ao passo que a totalidade dos espaços pertencentes a um ou outro conjunto indistintamente representa sua união.

John Venn desenvolveu os diagramas no século XIX, ampliando e formalizando desenvolvimentos anteriores de Leibniz e Euler.[7] E, na década de 1960, eles foram incorporados ao currículo escolar de matemática.[8][9]

Embora seja simples construir diagramas de Venn para dois ou três conjuntos, surgem dificuldades quando se tenta usá-los para um número maior.[10] Algumas construções possíveis são devidas ao próprio John Venn e a outros matemáticos como Anthony W. F. Edwards, Branko Grünbaum e Phillip Smith. Além disso, encontram-se em uso outros diagramas similares aos de Venn, entre os quais os de Euler, Johnston, Pierce e Karnaugh.[11]

  1. «Set Notation - Unit 15 > Lesson 2 of 14». Math Goodies - Your Destination for Math Education. Consultado em 14 de fevereiro de 2012 [ligação inativa]
  2. Nota: ∈ é o símbolo para pertence, e ∉ é o símbolo para não pertence (http://www.somatematica.com.br/simbolos3.php)
  3. «Subsets - Unit 15 > Lesson 6 of 14». Math Goodies - Your Destination for Math Education. Consultado em 14 de fevereiro de 2012 
  4. Nota: ⊂ é o símbolo para está contido (http://www.somatematica.com.br/simbolos3.php)
  5. Ruskey & Weston, Frank & Mark (junho de 2005). «What is a Venn Diagram?». The Electronic Journal of Combinatorics (DS 5). Consultado em 19 de janeiro de 2012. Arquivado do original em 1 de maio de 2006 
  6. «Venn Diagrams - Unit 15 > Lesson 5 of 14». Math Goodies - Your Destination for Math Education. Consultado em 14 de fevereiro de 2012 
  7. Baron, Margaret E. (1969). «A note on the historical development of logic diagrams: Leibniz, Euler and Venn». The Mathematical Gazette. LIII (383) 
  8. Pinto, Neuza Bertoni (2006). «Práticas Escolares do Movimento da Matemática Moderna» (PDF). Anais do VI Congresso Luso-Brasileiro de História da Educação. Consultado em 16 de Janeiro de 2012. Arquivado do original (PDF) em 4 de março de 2011 "[Papy] Apresentou o diagrama de Venn como representação gráfica de excelência para o estudo das propriedades matemáticas. Aprofundando as críticas ao ensino tradicional de geometria, Papy exaltou a linguagem dos gráficos, aliando a visão intuitiva à estrutura lógica, enfatizou a importância das representações gráficas para a esquematização do pensamento".
  9. «Strategies for Reading Comprehension:Venn Diagrams» (em inglês). ReadingQuest - Making Sense in Social Studies. Consultado em 16 de Janeiro de 2012. Arquivado do original em 29 de abril de 2009 
  10. Myers, Amy N. «Are Venn Diagrams Limited to Three or Fewer Sets?» (PDF). Consultado em 14 de fevereiro de 2012 
  11. Michael Anderson, Robert McCartney (2003). «Diagram processing: Computing with diagrams». Artificial Intelligence (145): 181-226. Consultado em 14 de fevereiro de 2012 

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