Empresa social

Ushafa Potters conversa com Natasha Akpoti

As empresas sociais são organizações que pertencem ao segundo setor industrial, mas nas quais, o objetivo principal de suas atividades é propiciar benefício social. Foram conceituadas inicialmente por Muhammad Yunus, que relaciona esse conceito com pelo menos três questões básicas: a superação da pobreza; a natureza humana e a autossustentabilidade da empresa.

Deve-se distinguir as ações sociais empresarias, que são caracterizadas principalmente pelo investimento ou destinação de parte do lucro da empresa para apoio a projetos sociais que beneficiem populações pobres, da empresa social propriamente dita, que é um empreendimento pensado e construído com o principal objetivo de acabar com um problema social decorrente da pobreza, utilizando integralmente o lucro da empresa para essa essa finalidade.

No âmbito de uma empresa social, a superação da pobreza está relacionada a outras questões como tecnologia, educação, saúde e comunicação. Portanto, para o empreendedorismo social é necessária a compreensão da complexidade das consequências sociais da pobreza e principalmente de sua origem.

A compreensão da natureza natureza humana é distinta daquela proposta pela teoria econômica vigente, que aborda o homem em uma visão unidimensional, ou seja, enxerga o homem como um ser unicamente egoísta e que busca realização financeira, portanto, no âmbito de uma empresa social, existe uma compreensão multidimensional da natureza humana, ou seja, não se afirma que a felicidade humana advém somente do sucesso financeiro e por isso valoriza aspectos sociais, políticos, emocionais, espirituais e ambientais.

Uma empresa social deve ser autossustentável, portanto deve ser capaz de gerar renda suficiente para cobrir suas próprias despesas. Uma parte do excedente econômico criado pelo negócio social é investida em sua expansão, enquanto outra parte é mantida como reserva para cobrir gastos inesperados. Nesse tipo de negócio, a empresa gera lucro, mas ninguém se apropria dele, embora os investidores possam ter o direito de reaver o capital investido corrigido pela inflação.[1]

Em 2002, esse conceito passou a ter forma concreta no Reino Unido, por meio da "Social Enterprise Coalition",[2] uma organização de fomento à pesquisa e a "Social Enterprise Unit", que buscava promover negócios sociais.

Em 2004, o Ministério da Indústria e do Comércio do Reino Unido deu forma legal ao conceito, denominado como "Community Interest Company".[3]

Em 2007, foi fundada uma unidade do Grameen bank no Queens (Nova Iorque - EUA), para conceder pequenos empréstimos, sem garantias a mulheres locais que desejavam abrir negócios modestos ou expandir os que já operavam.[4][5]

  1. EMPRESAS SOCIAIS (no conceito de Muhammad Yunus), acesso em 22 de dezembro de 2015.
  2. Social Enterprise Coalition, em inglês, acesso em 22 de dezembro de 2015.
  3. Community Interest Companies, em inglês, acesso em 22 de dezembro de 2015.
  4. Coming to America: The Grameen Bank Comes to Queens, em inglês, acesso em 22 de dezembro de 2015.
  5. Empresa Social: o melhor dos dois mundos, acesso em 20 de dezembro de 2015.

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