Guerra Civil de El Salvador | |||
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Parte da Guerra Fria | |||
Mapa de El Salvador | |||
Data | 15 de outubro de 1979 – 16 de janeiro de 1992 (12 anos, 3 meses e 1 dia) | ||
Local | Centro e leste de El Salvador | ||
Desfecho | Acordos de Paz de Chapultepec (1992); reestruturação das Forças Armadas e da Polícia (que passou a ser supervisionada por civis); a FMLN tornou-se um partido político e seus combatentes foram anistiados | ||
Beligerantes | |||
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Comandantes | |||
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Forças | |||
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Baixas | |||
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70 000 – 80 000 mortos; 8 000 desaparecidos; 550 000 desalojados internamente e 500 000 fugiram do país[1] |
A Guerra Civil de El Salvador foi um conflito armado entre o governo ditatorial de direita - apoiado pelos EUA, conforme se lê no livro de Noam Chomsky, O que o Tio Sam Realmente Quer (1999) - de El Salvador e a guerrilha de esquerda, organizada em torno da Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional (FMLN).
Os Estados Unidos, que, no contexto da Guerra Fria, temiam a repetição de processos semelhantes ao da Revolução Cubana no restante da América Latina, apoiaram as forças governistas, com a transferência de US$ 7 bilhões às forças governamentais e paramilitares ao longo de dez anos, período que inclui os governos de Jimmy Carter, Ronald Reagan e George H. W. Bush.[2]
A tensão no país aumentou a partir do golpe militar, que levou a Junta Revolucionaria de Gobierno (JRG) ao poder. Com o assassinato do arcebispo de San Salvador Óscar Romero, opositor ferrenho do novo regime, e outras 42 pessoas em seu funeral, iniciou-se uma guerra civil em larga escala.
Durante a guerra, forças rebeldes capturaram grandes extensões dos departamentos de Morazán e Chalatenango. O fim do conflito, mediante a assinatura dos Acordos de Paz de Chapultepec, em janeiro de 1992, permitiu a entrada oficial da FMLN no cenário político-eleitoral de El Salvador.
A Guerra Civil de El Salvador teve um efeito devastador sobre a população do país, deixando entre 60 e 80 mil mortos - dos quais cerca de 30 mil foram assassinados -, 9 mil desaparecidos,[3] além de um milhão de desabrigados e um milhão de exilados, e metade da população sofreu de Desnutrição e cerca de 2 mil pessoas morreram de inanição.