Lista de imperadores bizantinos

O Império Bizantino surgiu oficialmente em 395, quando o imperador Teodósio I (r. 378–395) faleceu e o Império Romano foi dividido entre seus filhos: o Império Romano do Ocidente ficou com Honório (r. 395–423) e o Império Romano do Oriente ou Império Bizantino com Arcádio (r. 395–408).[1] Apesar disso, convencionalmente, a historiografia reconhece que o Império Bizantino já existiu desde o tempo de Constantino (r. 306–337), que transferiu a capital para Bizâncio, que refundou em 330 como Constantinopla.[2] Sob Zenão (r. 474–491), a divisão do império foi abolida e ele tornou-se imperador único.[3] Irene (r. 797–802) usurpou o trono de seu filho Constantino VI (r. 776–797) e tornar-se-ia a primeira mulher a assumir o trono imperial.[4] No Natal do ano 800, com o pretexto da ausência de um imperador do sexo masculino no trono de Constantinopla, e por razões de conveniência, o papa Leão III coroou Carlos Magno (r. 768–814) como imperador do Ocidente.[5] Em Constantinopla, isto foi visto como sacrilégio. Em 802, Carlos Magno enviou embaixadores a Constantinopla propondo casamento com Irene, mas, de acordo com Teófanes o Confessor, o plano foi frustrado pelo eunuco Aécio, um dos favoritos de Irene.[6]

Em 1204, a capital foi cercada e saqueada pela Quarta Cruzada. No rescaldo, dois Estados sucessores foram estabelecidos: o Império de Niceia e o Despotado do Epiro. Um terceiro, o Império de Trebizonda, havia sido criado algumas semanas antes do saque por Aleixo I. Dos três, Epiro e Niceia ficaram em melhores condições para recuperar Constantinopla. O Império de Niceia lutou para sobreviver nas décadas seguintes e, em meados do século XIII, perdeu muito do sul da Anatólia.[7] O enfraquecimento do Sultanato de Rum após a invasão mongol de 1242–1243 permitiu que muitos beis e gazis criassem seus próprios principados (beilhiques) na Anatólia, enfraquecendo a posição bizantina na região.[8] O Império de Niceia, fundado pela dinastia lascarina, conseguiu reconquistar Constantinopla aos latinos em 1261[9] e derrotar o Despotado do Epiro. Miguel VIII Paleólogo (r. 1259–1282)[10][11] fundou a dinastia paleóloga, a última a governar o império até seu fim em 1453.[12]

  1. Woods 1999.
  2. Pohlsander 2009.
  3. Burns 1991, p. 65, 76–77, 86–87.
  4. Garland 1999, p. 87.
  5. Gregory 2010, p. 218.
  6. Garland 1999, p. 89.
  7. Madden 2005, p. 162.
  8. Lowe 2002.
  9. Nicol 1993, p. 35.
  10. Madden 2005, p. 179.
  11. Mango 2002, p. 260.
  12. Runciman 1990, p. 84–86.

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