Novos Historiadores

Novos Historiadores (em hebraico: ההיסטוריונים החדשים; romaniz.: HaHistoryonim HaHadashim) é a designação dada a um grupo de acadêmicos israelenses que têm desafiado as versões tradicionais da história de Israel, sobretudo no tocante ao papel de Israel no êxodo palestino de 1948 e ao suposto desinteresse dos árabes em discutir a paz. A denominação do grupo foi cunhada em 1988, por um dos seus principais integrantes - Benny Morris.[1]

Muitas das fontes primárias de informações usadas pelo grupo são documentos secretos do governo israelense que, uma vez decorridos trinta anos dos eventos de 1948, foram liberados para consulta pública, conforme a legislação do país.[2]

Entre os membros do grupo estão os acadêmicos Benny Morris, Ilan Pappé, Avi Shlaim, Tom Segev, Hillel Cohen, Baruch Kimmerling[3] e Simha Flapan, considerada como "nova historiadora" avant la lettre. Mas, embora referidos como um grupo, as ideias políticas de cada um deles variam.

Inicialmente desacreditados pelo público, os Novos Historiadores acabaram por ganhar legitimidade em Israel, nos anos 1990.[1] Algumas de suas conclusões foram incorporadas ao chamado pós-sionismo.

  1. a b Bronner, Ethan. "The New New Historians", The New York Times, 9 de novembro de 2003.
  2. Gelvin, James L. (2007) [2005]. The Israel–Palestine Conflict: One Hundred Years of War 2d ed. Cambridge: Cambridge University Press. p. 129. ISBN 978-0-521-88835-6 
  3. «Sociologist Baruch Kimmerling, 'new historian,' dies at age 67». Haaretz. 22 de maio de 2007. Consultado em 9 de setembro de 2011 

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