Oscar Niemeyer

 Nota: Para outros significados, veja Oscar Niemeyer (desambiguação).
Oscar Niemeyer
Oscar Niemeyer
Niemeyer em 1968
Nome completo Oscar Ribeiro de Almeida Niemeyer Soares Filho
Nascimento 15 de dezembro de 1907
Rio de Janeiro, Distrito Federal, Brasil
Morte 5 de dezembro de 2012 (104 anos)
Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Nacionalidade brasileiro
Alma mater Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro
Movimento Modernismo
Obras notáveis Palácio Itamaraty
Palácio do Planalto
Palácio da Alvorada
Catedral de Brasília
Congresso Nacional do Brasil
Conjunto Arquitetônico da Pampulha
Conjunto do Ibirapuera
Edifício Copan
Sede da Organização das Nações Unidas (integrou a equipe)
Museu de Arte Contemporânea de Niterói
Museu Oscar Niemeyer Sambódromo da Marquês de Sapucaí
Rede Sarah
Sede do Partido Comunista Francês
Prêmios Prêmio Lênin da Paz (1963), Prêmio Pritzker de Arquitetura (1988), Prêmio Príncipe da Astúrias (1989), Medalha Chico Mendes (1989), Medalha de Ouro do RIBA (1998), Praemium Imperiale (2004)
Assinatura
Assinatura de Oscar Niemeyer

Oscar Ribeiro de Almeida Niemeyer Soares Filho OMCGColSE (Rio de Janeiro, 15 de dezembro de 1907Rio de Janeiro, 5 de dezembro de 2012) foi um arquiteto brasileiro, considerado uma das figuras-chave no desenvolvimento da arquitetura moderna. Niemeyer foi mais conhecido pelos projetos de edifícios cívicos para Brasília, uma cidade planejada que se tornou a capital do Brasil em 1960, bem como por sua colaboração no grupo de arquitetos indicados pelos Estados-membros da ONU que projetaram a sede das Nações Unidas em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Sua exploração das possibilidades construtivas do concreto armado foi altamente influente na época, tal como na arquitetura do final do século XX e início do século XXI. Elogiado e criticado por ser um "escultor de monumentos", Niemeyer foi um grande artista e um dos maiores arquitetos de sua geração por seus partidários.[1] Ele alegou que sua arquitetura foi fortemente influenciada por Le Corbusier, mas, em entrevista, assegurou que isso "não impediu que [sua] arquitetura seguisse em uma direção diferente".[2]

Nascido no Rio de Janeiro, Niemeyer estudou na Escola Nacional de Belas Artes (atual UFRJ) e durante seu terceiro ano estagiou com seu futuro colega na construção de Brasília Lúcio Costa, com quem acabou colaborando no projeto para o Ministério de Educação e Saúde, atual Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro. Contando com a presença de Le Corbusier, Niemeyer teve a chance de trabalhar junto com o mestre suíço, sendo ele uma grande influência em sua arquitetura. O primeiro grande trabalho de arquitetura individual de Niemeyer foram os projetos de uma série de edifícios na Pampulha, um subúrbio planejado no norte de Belo Horizonte, tendo como parceiro o engenheiro Joaquim Cardozo — que viria a ser o autor dos cálculos de suas principais obras em Brasília.[3][4][5] Esse trabalho, especialmente a Igreja São Francisco de Assis, recebeu elogios da crítica nacional e estrangeira, chamando a atenção internacional para Niemeyer. Ao longo dos anos 1940 e 1950, Niemeyer se tornou um dos arquitetos mais prolíficos do Brasil, projetando uma série de edifícios, tanto no país como no exterior. Isso incluiu o projeto de diversas residências e edifícios públicos, e ainda a colaboração com Le Corbusier (e outros) no projeto da sede das Nações Unidas em Nova Iorque, o que provocou convites para ensinar na Universidade Yale e na Escola de Design da Universidade Harvard.

Em 1956, Niemeyer foi convidado pelo novo presidente do Brasil, Juscelino Kubitschek, para projetar os prédios públicos da nova capital do Brasil, que seria construída no centro do país. Seus projetos para o Congresso Nacional do Brasil, o Palácio da Alvorada, o Palácio do Planalto, o Supremo Tribunal Federal e a Catedral de Brasília, todos concluídos anteriormente a 1960, foram em grande parte de natureza experimental e foram ligados por elementos de design comuns. Esse trabalho levou à sua nomeação como diretor do departamento de arquitetura da Universidade de Brasília, bem como membro honorário do Instituto Americano de Arquitetos. Devido à sua ideologia de esquerda e sua militância no Partido Comunista Brasileiro (PCB), Niemeyer deixou o país após o golpe militar de 1964 e, posteriormente, abriu um escritório em Paris. Ele retornou ao Brasil em 1985 e foi premiado com o prêmio Pritzker de arquitetura, em 1988. Entre seus projetos mais recentes se destacam o Museu de Arte Contemporânea de Niterói (1996), o Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba (2002), a Cidade Administrativa de Minas Gerais (2010), o Centro Cultural Internacional Oscar Niemeyer, na Espanha (2011) e o Memorial Luiz Carlos Prestes (projeto de 2012, obra concluída em 2017). Niemeyer continuou a trabalhar até dias antes de sua morte, em 5 de dezembro de 2012, aos 104 anos. Seu último projeto foi idealizado pouco antes de morrer: a "cidade das artes e da cultura", em Essaouira, região litorânea do Marrocos. O rei Mohammed VI esperou oito anos para analisar e dar aval ao projeto.[6]

  1. Gullar, F. «Niemeyer». Terra. Consultado em 28 de novembro de 2008. Arquivado do original em 28 de fevereiro de 2009 .
  2. Salvaing, Matthieu. «Oscar Niemeyer» .
  3. «Brasília 50 anos» (PDF). VEJA. p. 58. Consultado em 19 de janeiro de 2014 
  4. «Joaquim Cardozo». Museu Virtual de Brasília. Consultado em 17 de janeiro de 2016. Cópia arquivada em 5 de janeiro de 2019 
  5. «Niemeyer e Joaquim Cardozo: uma parceria mágica entre arquiteto e engenheiro». EBC. Consultado em 29 de dezembro de 2018 
  6. Jardim, Lauro. «Último projeto de Niemeyer será erguido no Marrocos». Lauro Jardim - O Globo. Consultado em 2 de fevereiro de 2020 

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