Poliamor

 Nota: Não confundir com polissexualidade, nem com poligamia, nem com poliginia, nem com poliandria, nem com polirromanticidade.
Polyamory Pride em São Francisco, 2004

Poliamor (do grego πολύ - poli, que significa muitos ou vários, e do Latim amor, significando amor) é a prática ou desejo de ter mais de um relacionamento, seja sexual ou romântico, simultaneamente com o conhecimento e consentimento de todos os envolvidos na relação.

Diferencia-se de um relacionamento aberto, pois apesar dos participantes de uma relação poliamor não estarem em uma relação monogâmica e que pode ser fechada.[1]

Alguns grupos entendem o poliamor como o modelo de relacionamento não-monogâmico que possui três características principais: não exclusividade romântica ou sexual a dois, consensualidade e equidade entre todas as partes.[2]

Por outras palavras, o poliamor como opção ou modo de vida, defende a possibilidade prática de se estar envolvido — romântica ou sexualmente — em relações íntimas, profundas e estáveis com mais de um parceiro simultaneamente, de forma consensual, honesta e igualitária.

O poliamor como movimento é mais visível e organizado principalmente nos Estados Unidos, acompanhado de perto por movimentos na Alemanha e Reino Unido. No Brasil, já há jurisprudência reconhecendo relações poliamorosas.[3]

Recentemente, a imprensa em geral tem feito a cobertura quer do movimento poliamor em si, quer dos episódios que lhe estão ligados. Em Novembro de 2005 realizou-se a Primeira Conferência Internacional sobre Poliamor[4] em Hamburgo, Alemanha. Realizou-se, de 25 a 27 de setembro de 2015, em Lisboa, Portugal, a 1st Non-Monogamies and Contemporary Intimacies Conference. Atualmente existem grupos de poliamor no Brasil que se dedicam politicamente à causa, alguns advogam pela não-monogamia política (NMP).[5]

A palavra em si já foi inventada várias vezes, a maior parte das quais sob a forma de adjetivo (inclusivamente utilizado para referir Henrique VIII, Rei da Inglaterra). Existe publicada em português uma breve história sobre a palavra.[6] A palavra foi, em 2014, reconhecida oficialmente em vários dicionários online de português de Portugal.[7]

  1. «Por que as relações abertas estão cada vez mais comuns». BBC News Brasil. Consultado em 27 de junho de 2024 
  2. Rocha, Natássia (1 de janeiro de 2023). «A não-monogamia está na moda? Uma análise da popularização e captura neoliberal das relações não-monogâmicas.» (PDF). Consultado em 27 de junho de 2024 
  3. Jornal Jurid, Juiz reconhece duplicidade de relacionamento e determina a partilha dos bens, 17 de Novembro de 2008, ISSN 1980-4288. Citação: "De acordo com o juiz Adolfo, a psicologia moderna chama essa relação triangular de "poliamorismo", que se constitui na coexistência de duas ou mais relações afetivas paralelas em que as pessoas se aceitam mutuamente.", Visitada 2013-12-11.
  4. International Conference on Polyamory & Mono-Normativity
  5. «Manifesto por uma Não monogamia Política». NM em Foco. 26 de maio de 2021. Consultado em 3 de fevereiro de 2024 
  6. interact: Poliamor, ou Da Dificuldade de Parir um Meme Substantivo
  7. S.A, Priberam Informática. «poliamor». Dicionário Priberam. Consultado em 24 de agosto de 2021 

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