Robert E. Lee

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Robert E. Lee
Robert E. Lee
Nome completo Robert Edward Lee
Nascimento 19 de janeiro de 1807
Condado de Westmoreland,
Virgínia, Estados Unidos
Morte 12 de outubro de 1870 (63 anos)
Lexington, Virgínia,
Estados Unidos
Progenitores Mãe: Anne Hill Carter
Pai: Henry Lee III
Cônjuge Mary Anna Custis (1831–1870)
Filho(a)(s)
  • Custis
  • Mary
  • William
  • Anne
  • Agnes
  • Robert
  • Mildred
Alma mater Academia Militar dos Estados Unidos em West Point
Profissão Engenheiro militar
Serviço militar
País  Estados Unidos
 Estados Confederados
Serviço Exército dos Estados Unidos
Exército dos Estados Confederados
Anos de serviço 1829–1861 (Estados Unidos)
1861–1865 (Estados Confederados)
Patente Coronel (Estados Unidos)
General (Estados Confederados)
Conflitos Guerra Mexicano-Americana
Guerra de Secessão
Religião Anglicanismo
Assinatura

Robert Edward Lee (Condado de Westmoreland, 19 de janeiro de 1807Lexington, 12 de outubro de 1870) foi um oficial militar de carreira norte-americano conhecido por ter comandado o Exército da Virgínia do Norte durante a Guerra Civil Americana.

Filho do oficial revolucionário de guerra Henry Lee III, e um oficial de topo da Academia Militar dos Estados Unidos, Robert E. Lee destacou-se como um oficial excepcional, e como pioneiro e sapador, do Exército dos Estados Unidos durante 32 anos. Ao longo destes anos, prestou serviço por todo o país, destacando-se na Guerra Mexicano-Americana, e serviu como Superintendente da Academia Militar.

Quando o estado da Virgínia declarou a sua separação da União em Abril de 1861, Lee decidiu escolher o seu estado-natal, apesar do seu desejo pessoal de o estado se manter intacto, e apesar do facto de o Presidente Abraham Lincoln ter oferecido a Lee o comando do Exército da União.[1] Durante a Guerra Civil, Lee serviu como conselheiro militar sénior do Presidente Jefferson Davis. Depressa ascendeu como estrategista astuto e comandante de campo de batalha, vencendo várias batalhas contra exércitos da União muito superiores. As suas capacidades tácticas foram destacadas por muitos historiadores militares.[2][3] No entanto, a visão estratégica de Lee não era tão boa, e ambas as suas principais ofensivas no Norte, terminaram em derrota.[4][5][6]

O general Ulysses S. Grant empreendeu em 1864 e 1865 uma tenaz campanha contra as forças rebeldes no solo da Virgínia. Apesar de ter infligido, e também sofrido, pesadas baixas, Lee não conseguiu reverter o rumo da guerra para o lado sulista. Por fim, render-se-ia a Grant em Appomattox Court House, a 19 de Abril de 1865. Por esta altura, Lee já tinha assumido o comando supremo dos restantes exércitos do Sul; as outras forças confederadas depressa se renderam após a rendição de Lee. Este recusou a proposta de uma rebelião sustentável contra o Norte, e pediu a reconciliação dos dois lados.

Depois da guerra, como Presidente da Universidade de Washington, Lee apoiou o programa do Presidente Andrew Johnson de Reconstrução, enquanto se opunha às propostas dos Radicais Republicanos de dar o direito de voto aos escravos libertados, e tirar esse direito aos ex-confederados. Pediu-lhes para repensarem a sua posição entre o Norte e o Sul, e a reintegração de antigos confederados na vida política do país. Lee tornou-se o grande herói do Sul, um ícone do pós-guerra da "Lost Cause of the Confederacy" para alguns.[7] Apesar de seus sucessos, suas duas grandes ofensivas estratégicas em território da União terminaram em fracasso. As táticas agressivas e arriscadas de Lee, especialmente em Gettysburg, que resultaram em baixas elevadas em um momento em que a Confederação tinha escassez de mão de obra, foram alvo de críticas. Seu legado, e suas visões sobre raça e escravidão, têm sido objeto de debate contínuo e controvérsia histórica.[8]

  1. Elizabeth Brown Pryor "Robert E. Lee's "Severest Struggle,"" American Heritage, Winter 2008.
  2. Josiah Bunting, Ulysses S. Grant (2004) p. 62
  3. Jay Luvaas, "Lee and the Operational Art: The Right Place, the Right Time," Parameters: US Army War College, Sept 1992, Vol. 22#3 pp 2-18
  4. McPherson, Battle Cry pp 538 e 650
  5. Stephen W. Sears, "'We Should Assume the Aggressive': Origins of the Gettysburg Campaign," North and South: The Official Magazine of the Civil War Society, March 2002, Vol. 5#4 pp 58–66
  6. David J Eicher, The Longest Night: A Military History of the Civil War (2001) p 462
  7. John F. Ross "Unlocking History: Treasures of Robert E. Lee Discovered," American Heritage, Winter 2008.
  8. Bonekemper, Edward (2014). Grant and Lee. Washington, D.C.: Regnery Publishing. p. xiv. ISBN 978-1-62157-302-9

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