Sidarta Gautama

Sidarta Gautama
Sidarta Gautama
Uma estátua representando Buda feita em Sarnath, no século IV.
Conhecido(a) por Buda, o Iluminado; fundador do budismo
Nascimento ca. 563 a.C.
Lumbini, atualmente Nepal
Morte ca. 483 a.C. (80 anos)
Kushinagar, atualmente Índia
Etnia Shakya

Sidarta Gautama[1] ou Sidarta Gáutama[2] (em sânscrito, सिद्धार्थ गौतम, transliteração IAST Siddhārtha Gautama; em páli, Siddhāttha Gotama), também conhecido como Śākyamuni, Shakyamuni e Sakyamuni ("sábio do clã dos Shakyas"[3]), popular e comumente chamado apenas de Buda ou Buddha[4] (Sct: बुद्ध, Buddha; lit. O Desperto[5]), foi um príncipe de uma região no sul do atual Nepal que, tendo renunciado ao trono, se dedicou à busca da erradicação das causas do sofrimento humano e de todos os seres, e desta forma encontrou um caminho até ao "despertar" ou "iluminação", após o que se tornou mestre ou professor espiritual, fundando o budismo.[6]

Na maioria das tradições budistas, é considerado como o "Supremo Buda" (Sammāsambuddha) de nossa era, Buda significando "o desperto".[7] A época de seu nascimento e a de sua morte são incertas: na sua maioria, os primeiros historiadores do século XX datavam seu tempo de vida por volta de 563 a.C. a 483 a.C.;[1] mas recentemente, contudo, num simpósio especializado nesta questão,[8] a maioria dos estudiosos apresentou opiniões definitivas de datas dentro do intervalo de 20 anos antes ou depois de 400 a.C. para a morte do Buda, com outros apoiando datas mais tardias ou mais recentes.[9]

Gautama é a figura-chave do budismo: os budistas creem que os acontecimentos de sua vida, bem como seus discursos e aconselhamentos monásticos, foram preservados depois de sua morte e repassados para outros povos pelos seus seguidores. Uma variedade de ensinamentos atribuídos a Gautama foram repassados através da tradição oral e, então, escritos cerca de 400 anos após a sua morte. Muitos estudiosos ocidentais aceitam a biografia do Buda apresentada pelas escrituras budistas como verdadeira. Há divergências, porém, como aponta Lopes: "acadêmicos são cada vez mais relutantes em clamar como aptos os fatos históricos dos ensinamentos e da vida do Buda".[10]

  1. a b GAUTAMA, S. A Doutrina de Buda. Tradução de Jorge Anzai. São Paulo. Martin Claret. 2003.
  2. Darmapada: a doutrina budista em versos. Tradução de Fernando Cacciatore de Garcia. Porto Alegre/RS. L&PM Editores. 2010.
  3. GAUTAMA, S. A Doutrina de Buda. Tradução de Jorge Anzai. São Paulo. Martin Claret. 2003. p. 20.
  4. Gouveia, Ana Paula Martins (2016). Introdução à Filosofia Budista. São Paulo, Brasil: Paulus 
  5. Monier, Williams (1899). A Sanskrit-English Dictionary:. Oxford, Reino Unido: Clarendon Press 
  6. «Middle East and Asia». The British Museum (em inglês). Consultado em 12 de julho de 2022 
  7. Digital Dictionaries of South Asia, University of Chicago. «buddha 9276». Consultado em 22 de fevereiro de 2010 [ligação inativa]
  8. (em inglês) The Dating of the Historical Buddha: A Review Article
  9. "Como é agora quase universalmente aceito pelos estudiosos conhecedores de indologia, uma nova análise do material histórico dos primeiros budistas... requer um redefinição da data da morte de Buda para entre 411 e 400 a.C." Paul Dundas, The Jains, 2nd ed., (Routledge, 2001), p. 24.
  10. Lopez (1995). Buddhism in Practice. [S.l.]: Princeton University Press. 16 páginas 

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