Temas LGBT nos quadrinhos

Bruce Wayne e Dick Grayson no quadrinho Batman #84 (junho de 1954), da DC Comics, usado por Fredric Wertham para alegar que os quadrinhos promoviam a homossexualidade.

Temas LGBT nos quadrinhos são um conceito relativamente novo, pois temas e personagens lésbicos, gays, bissexuais e transgêneros (LGBT) foram, historicamente, omitidos do conteúdo de quadrinhos e tirinhas — suas predecessoras — por conta de censura anti-homossexual. Temas LGBTs só eram incluídos através de insinuações, entrelinhas e inferências. Contudo, a prática de esconder personagens LGBT no início do século XX evoluiu para sua evidente inclusão no final deste e do século XXI; os quadrinhos exploraram os desafios de sair do armário, discriminação social, bem como relacionamentos pessoais e românticos entre personagens gays.

Como qualquer menção a homossexualidade nos quadrinhos estadunidenses do mainstream foi proibida pela Comics Code Authority (CAA) entre 1954 e 1989,[1] os gibis do mainstream traziam apenas leves sugestões ou deixavam nas entrelinhas as referências à orientação sexual ou identidade de gênero de um personagem LGBT. Contudo, a partir do início dos anos 1970, temas LGBT foram abordados em quadrinhos underground, publicados independentemente em edições únicas ou em séries produzidas por autores gays que traziam histórias autobiográficas, abordando questões políticas caras a leitores LGBT. Os primeiros personagens abertamente gays em tirinhas estadunidenses apareceram no final dos anos 1970 em tiras conhecidas e adquiriram popularidade ao longo dos anos 1980. Desde os anos 1990, temas LGBT tornaram-se mais comuns em quadrinhos americanos do mainstream, incluindo diversos títulos nos quais um personagem gay é o protagonista. Atualmente, quadrinhos que tem como objetivo educar leitores sobre questões relacionadas a temas LGBT são distribuídos tanto em mídia impressa como digitalmente, através de webcomics.

  1. Nyberg, Amy Kiste (1998), Seal of Approval: The History of the Comics Code, ISBN 0-87805-975-X, Jackson: University Press of Mississippi, pp. 143, 175–176 

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