Vampiro

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Les vampires, gravura francesa de 1820

Vampiro é um ser mitológico ou folclórico que sobrevive se alimentando da essência vital de criaturas vivas (geralmente sob a forma de sangue), independentemente de ser um morto-vivo ou uma pessoa viva.[nota 1][1][2][3][4][5][6]

Embora entidades vampíricas tenham sido registradas em várias culturas, possivelmente em tempos tão recuados quanto a pré-história,[7] o termo vampiro apenas se tornou popular no início do século XIX, após um influxo de superstições vampíricas na Europa Ocidental, vindas de áreas onde lendas sobre vampiros eram frequentes, como os Balcãs e a Europa Oriental,[8] embora variantes locais sejam também conhecidas por outras designações, como vrykolakas na Grécia e strigoi na Roménia. Este aumento das superstições vampíricas na Europa levou a uma histeria colectiva, resultando em alguns casos na perfuração de cadáveres com estacas e acusações de vampirismo.

Embora mesmo os vampiros do folclore balcânico e da Europa Oriental possuam um vasto leque de aparências físicas, variando de quase humanos até corpos em avançado estado de decomposição, foi em 1819, com o sucesso do romance de John Polidori The Vampyre, que se estabeleceu o arquétipo do vampiro carismático e sofisticado; o que pode ser considerado a mais influente obra sobre vampiros do início do século XIX,[9] inspirando obras como Varney the Vampire e eventualmente Drácula.[10]

É, no entanto, o romance de 1897 de Bram Stoker, Drácula, que perdura como a quinta essência da literatura sobre vampiros e que gerou a base da moderna ficção sobre o tema.

Drácula foi inspirado em mitologias anteriores sobre lobisomens e outros demónios lendários semelhantes e "deu voz às ansiedades de uma era" e aos "medos do patriarcado vitoriano".[11]

O sucesso deste livro deu origem a um género distinto de vampiro, ainda popular no século XXI, com livros, filmes, jogos de vídeo e programas de televisão. O vampiro é uma figura de tal modo dominante no género de terror que a historiadora de literatura Susan Sellers coloca o actual mito vampírico na "segurança comparativa do fantástico [existente] nos pesadelos".[11]

  1. a b (em francês) Levkievskaja, E.E. (1997). «La mythologie slave : problèmes de répartition dialectale (une étude de cas : le vampire)». Cahiers Slaves. 1. Consultado em 29 de dezembro de 2007. Arquivado do original em 12 de janeiro de 2008 
  2. Créméné, Mythologie du Vampire, p. 89.
  3. Bunson 1993, p. 219
  4. Словник символів, Потапенко О.І., Дмитренко М.К., Потапенко Г.І. та ін., 1997.[1] artigo online (em ucraniano).
  5. Dundes, Alan (1998). The Vampire: A Casebook. [S.l.]: University of Wisconsin Press. p. 13. ISBN 0299159248 
  6. «Vampire». Encyclopædia Britannica. 27. Encyclopædia Britannica Company. 1911. 876 páginas 
  7. Frost, Brian J. The Monster with a Thousand Faces: Guises of the Vampire in Myth and Literature, Univ. of Wisconsin Press (1989) p. 3.
  8. Silver & Ursini, The Vampire Film, pp. 22–23.
  9. Silver & Ursini, The Vampire Film, pp. 37–38.
  10. Frayling, Christopher (1996). "Nightmare: The Birth of Horror; Dracula" (TV-series). England: BBC 
  11. a b Sellers, Susan. Myth and Fairy Tale in Contemporary Women's Fiction, Palgrave Macmillan (2001) p. 85.


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