O neoaristotelismo é uma visão da literatura e da crítica retórica propagada pela Escola de Chicago[1] - Ronald S. Crane, Elder Olson, Richard McKeon, Wayne Booth e outros - que significa:
“Uma visão da literatura e da crítica que adota uma atitude pluralista em relação à história da literatura e procura ver as obras literárias e as teorias críticas de forma intrínseca.”[2]
No campo da Comunicação Discursiva, hoje Estudos da Comunicação, o neoaristotelismo foi um dos primeiros métodos retóricos de crítica.[3] A primeira menção ao uso dos conceitos de Aristóteles para a crítica foi no ensaio de Hoyt Hopewell Hudson de 1921, Can We Modernize the Study of Invention?, no qual Hudson sugeriu o uso de topoi para ‘discurso ou argumento’.[3] Suas características centrais foram mais bem explicadas em The Literary Criticism of Oratory, de Herbert A. Wichelns, em 1925. Seu foco era analisar a metodologia por trás da capacidade de um orador de transmitir uma ideia ao seu público.[4] Em 1943, o neoaristotelismo foi mais divulgado, ganhando popularidade depois que William Norwood Brigance publicou A History and Criticism of American Public Address.[5]
Ao contrário da crítica retórica, que se concentra no estudo de discursos e no efeito imediato da retórica em um público,[3] o neoaristotelismo “levou ao estudo de um único orador porque o grande número de tópicos a serem abordados relacionados ao retor e ao discurso tornou praticamente impossível lidar com mais de um único orador. Assim, vários discursos de diferentes retores relacionados por forma de tópico não foram incluídos no escopo da crítica retórica”.[3]