Arte é uma gama diversificada de atividades humanas e seu produto resultante que envolve talento criativo ou imaginativo, geralmente expresso em proficiência técnica, beleza, poder emocional ou ideias conceituais.[1][2][3] É o processo ou produto de organizar deliberadamente elementos de forma a apelar aos sentidos e às emoções. Abrange uma vasta gama de atividades humanas, criações e formas de expressão, desde campos como música, fotografia, literatura, dança, cinema, escultura e pintura. O significado da arte é explorado dentro da estética, um ramo da filosofia. Acredita-se que para os primeiros seres humanos a arte tinha uma função ritualista, mágica, religiosa; Esta função, contudo, evoluiu, adquirindo uma componente estética e uma função social, pedagógica, mercantil ou simplesmente ornamental.
Não existe uma definição geralmente aceita sobre o que constitui arte[4][5][6] e a interpretação do conceito tem variado muito ao longo da história e entre culturas. Na tradição ocidental, os três ramos clássicos das artes visuais são a pintura, a escultura e a arquitetura.[7] O teatro, a dança e outras artes performativas, bem como a literatura, a música, o cinema e outros meios de comunicação, como os meios interativos, estão incluídos numa definição mais ampla na numeração das artes.[1][8]
Até o século XVII, arte referia-se a qualquer habilidade ou domínio e não se diferenciava dos ofícios ou das ciências. No uso moderno após o século XVII, onde as considerações estéticas são primordiais, as artes plásticas são separadas e distinguidas das competências adquiridas em geral, como as artes decorativas ou aplicadas. Tradicionalmente, o conceito de arte era utilizado para se referir a qualquer habilidade ou mestria. Esta concepção alterou-se durante o período romântico, quando a arte passou a ser vista como "uma faculdade especial da mente humana a ser classificada juntamente com a religião e a ciência".[9]
A natureza da arte e conceitos relacionados, como criatividade e interpretação, são explorados num ramo da filosofia conhecido como estética.[10] A arte é estudada em diversas disciplinas. A arte, entendida como manifestação da atividade humana, é suscetível de ser estudada e analisada a partir de uma perspetiva filosófica — por exemplo, como o raciocínio do ser humano interpreta os estímulos sensoriais que recebe —, psicológica — os diversos processos mentais e culturais que se encontram na sua génese —, ou sociológica — a arte como produto da sociedade humana e em analise dos diversos componentes sociais. A mais difundida, contudo, é a perspectiva histórica que é estudada a partir da crítica de arte e da história da arte.
A natureza da arte foi descrita por Richard Wollheim como "um dos problemas tradicionais mais difíceis da cultura humana".[11] Foi definida como um veículo para a expressão ou comunicação de emoções e ideias, um meio de explorar elementos formais e como a mimese ou representação.[12] Leo Tolstoy identificou a arte como o uso de meios indiretos para uma pessoa comunicar com outra.[12] Benedetto Croce e Robin George Collingwood defendem a visão idealista de que a arte expressa emoções e que a obra de arte existe essencialmente na mente do criador.[13][14] A teoria da arte como forma tem as suas raízes na filosofia de Immanuel Kant e foi desenvolvida durante o século XX por Roger Eliot Fry e Clive Bell.[12] A arte como mimese ou representação tem profundas raízes na filosofia de Aristóteles.[12] Mais recentemente, pensadores influenciados por Martin Heidegger interpretaram a arte como o meio pelo qual uma comunidade desenvolve para si um meio de expressão e interpretação.[15]
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