Biogeografia

Frontispício do livro The Geographical Distribution of Animals de Alfred Russel Wallace

Biogeografia é o estudo da distribuição das espécies e ecossistemas no espaço geográfico e através do tempo geológico. Organismos e as comunidades biológicas variam de uma forma altamente regular ao longo de gradientes geográficos de latitude, altitude, isolamento e área de habitat.[1]

Conhecimento da variação espacial nos números e dos tipos de organismos é tão vital para nós hoje como foi para nossos primeiros ancestrais humanos, como se adaptar a ambientes heterogêneos, mas geograficamente previsíveis.

Biogeografia é um campo de estudo integrador que une conceitos e informações de ecologia, biologia evolutiva, taxonomia, geologia, geografia física, paleontologia e climatologia.[2] Pesquisas biogeográficas modernas combinam informações e ideias de muitos campos, desde as limitações fisiológicas e ecológicas sobre a dispersão do organismo aos fenômenos geológicos e climatológicos que operam na escala global e em períodos evolutivo.

O trabalho de Carlos Lineu foi essencial para o desenvolvimento da biogeografia como ciência. O corpo teórico da biogeografia surge do trabalho de cientistas como Alexander von Humboldt (1769–1859),[3] Francisco José de Caldas (1768–1816),[4] Hewett Cottrell Watson (1804–1881),[5] Alphonse de Candolle (1806–1893),[6] Alfred Russel Wallace (1823–1913),[7] Philip Lutley Sclater (1829–1913) entre outros biólogos e exploradores.[8]

  1. Brown University (20 de outubro de 2014). «Biogeography». web.archive.org. Consultado em 11 de dezembro de 2022 
  2. Cox, C. Barry; Moore, Peter D. (10 de maio de 2010). Biogeography: An Ecological and Evolutionary Approach (em inglês). [S.l.]: John Wiley & Sons 
  3. Humboldt, Alexander von; Bonpland, Aimé (1805). Essai sur la géographie des plantes :accompagné d'un tableau physique des régions équinoxiales, fondé sur des mesures exécutées, depuis le dixième degré de latitude boréale jusqu'au dixième degré de latitude australe, pendant les années 1799, 1800, 1801, 1802 et 1803. A Paris, :: Chez Levrault, Schoell et compagnie, libraires, 
  4. Restrepo, Darío Valencia (31 de março de 2019). «Caldas y Humboldt discurren sobre la geografía de las plantas». Editorial Universidad del Rosario: 151–170. Consultado em 11 de dezembro de 2022 
  5. 1804-1881, Watson, Hewett Cottrell (1859). Cybele Britannica; or British Plants and Their Geographical Relations. [S.l.]: Longman. OCLC 835721363 
  6. Candolle, Alphonse de (1855). Géographie botanique raisonnée; ou, Exposition des faits principaux et des lois concernant la distribution géographique des plantes de l'époque actuelle. Paris: V. Masson 
  7. 1823-1913., Wallace, Alfred Russel, (1876). The geographical distribution of animals ; with a study of the relations of living and extinct faunas as elucidating the past changes of the Earth's surface. Volume 1. [S.l.]: Macmillan and Co. OCLC 704031887 
  8. Browne, E. J. (1983). The secular ark : studies in the history of biogeography. New Haven: Yale University Press. OCLC 8806001 

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