República do Chile República de Chile | |
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Bandeira | Brasão de armas |
Lema: Por la razón o la fuerza (Espanhol: "Pela razão ou a força") | |
Hino nacional: Puro Chile | |
Gentílico: chileno(a) | |
Localização do Chile em verde; área reivindicada pelo país na Antártida em verde claro. | |
Capital | Santiago[1] |
Cidade mais populosa | Santiago |
Língua oficial | Espanhol |
Governo | República unitária presidencialista |
• Presidente | Gabriel Boric Font |
• Presidente do Senado | Álvaro Elizalde |
• Presidente da Câmara dos Deputados | Raúl Soto |
• Presidente do Supremo Tribunal | Guillermo Silva |
Independência da Espanha | |
• Iniciada | 18 de setembro de 1810 (214 anos) |
• Formalmente declarada | 12 de fevereiro de 1818 (206 anos) |
• Reconhecida | 25 de abril de 1844 (180 anos) |
Área | |
• Total | 756 950 km² (38.º) |
• Água (%) | 1,07 |
Fronteira | Peru (a norte), Bolívia (a nordeste) e Argentina (a leste); Oceano Pacífico (a oeste); Oceano Antártico (a sul) Oceano Atlântico (a leste). |
População | |
• Censo 2022 | 19.603.733[1] hab. |
• Densidade | 25,89 hab./km² |
PIB (base PPC) | Estimativa de 2014 |
• Total | US$ 410,277 bilhões*[2] |
• Per capita | US$ 23 165[2] |
PIB (nominal) | Estimativa de 2014 |
• Total | US$ 264,095 bilhões*[2] |
• Per capita | US$ 14 911[2] |
IDH (2021) | 0,855 (42.º) – muito alto[3] |
Gini (2017) | 44,4[4] |
Moeda | Peso Chileno (CLP) |
Cód. ISO | CHL |
Cód. Internet | .cl |
Cód. telef. | +56 |
Website governamental | www |
:[1] ^ Embora Santiago seja a capital, o parlamento está localizado em Valparaíso. |
Chile (pronunciado em português europeu: [ˈʃilɨ, ˈʃiɫ]; pronunciado em português brasileiro: [ˈʃili]; pronunciado em castelhano: [ˈtʃile]), oficialmente República do Chile (em castelhano: ⓘ), é um país da América do Sul que ocupa uma longa e estreita faixa costeira encravada entre a cordilheira dos Andes e o Oceano Pacífico. Faz fronteira ao norte com o Peru, a nordeste com a Bolívia, a leste com a Argentina e a Passagem de Drake, a ponta mais meridional do país. O Pacífico forma toda a fronteira oeste do país, com um litoral que se estende por 6 435 km.[5] Com quase 20 milhões de habitantes, o Chile compreende alguns territórios ultramarinos, como o Arquipélago Juan Fernández, as Ilhas Desventuradas, a ilha Sala y Gómez e a ilha de Páscoa, sendo que as duas últimas estão localizadas na Polinésia. O Chile reclama a soberania de 1 250 000 quilômetros quadrados de território na Antártida. É um dos dois únicos países da América do Sul que não têm uma fronteira comum com o Brasil, junto com o Equador.
O Chile possui um território incomum, com 4 300 quilômetros de comprimento e, em média, 175 km de largura, o que dá ao país um clima muito variado, indo do deserto mais seco do mundo — o Atacama — no norte do país, a um clima mediterrâneo no centro, até um clima alpino propenso à neve ao sul, com geleiras, fiordes e lagos.[6] O deserto do norte chileno contém uma grande riqueza mineral, principalmente de cobre. Uma área relativamente pequena no centro chileno domina o país em termos de população e de recursos agrícolas. Esta área é o centro cultural, político e financeiro a partir do qual o Chile se expandiu no final do século XIX, quando integrou as regiões norte e sul em uma só nação. O sul do país é rico em florestas e pastagens e possui uma cadeia de montanhas, vulcões e lagos. A costa sul é um gigantesco labirinto de penínsulas compostas por fiordes, enseadas, canais e ilhas. A cordilheira dos Andes está localizada por toda a fronteira oriental chilena.[7]
Os primeiros humanos provavelmente chegaram ao Chile por volta de 18 500 anos atrás. Antes da chegada dos europeus no século XVI, o norte do Chile estava sob o domínio inca, enquanto os índios Mapuches (também conhecidos como Araucanos pelos colonizadores espanhóis) habitavam o centro e o sul do território. Embora o Chile tenha declarado sua independência em 1817, a vitória decisiva contra o controle espanhol não foi alcançada até 1818. Na Guerra do Pacífico (1879–83), o país venceu a Bolívia e o Peru e conquistou as regiões do norte. O Chile, que até então parecia estar relativamente livre da instabilidade política e do surgimento de governos autoritários que atingiam o resto do continente sul-americano, suportou 17 anos de uma rígida ditadura militar (1973–1990), uma das mais sangrentas do século XX na América Latina, responsável pela morte de mais de três mil pessoas.[6]
Atualmente, o Chile é um dos países mais estáveis e prósperos da América do Sul detendo, ainda, o melhor Índice de desenvolvimento humano dentro do contexto da América Latina. O país também possui bons níveis de qualidade de vida, estabilidade política, globalização, liberdade econômica e percepção de corrupção, além de índices comparativamente baixos de pobreza.[8] Também é elevado no país o nível de liberdade de imprensa e de desenvolvimento democrático. Em maio de 2010, o Chile se tornou o primeiro país sul-americano a aderir à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE),[9] além de também ser um dos membros de várias outras organizações internacionais, como as Nações Unidas (ONU), a Organização dos Estados Americanos (OEA), a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), a União de Nações Sul-Americanas (UNASUL), a Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (APEC), a Aliança do Pacífico (AP), o Parlamento Latino-americano e a Associação Latino-Americana de Integração (ALADI).