Lisboa | |
Panorama urbano de Lisboa a partir do Miradouro da Graça com a Ponte 25 de Abril e o Cristo Rei ao fundo | |
| |
Mapa de Lisboa | |
Gentílico | lisboeta, lisbonense, olisiponense ou alfacinha |
Área | 100,05 km² |
População | 545 796 hab. (2021) |
Densidade populacional | 5 455,2 hab./km² |
Presidente da câmara municipal |
Carlos Moedas (PPD/PSD.CDS-PP.A.MPT.PPM, 2021-2025) |
Fundação do município (ou foral) |
Primeiras referências da cidade século XII a.C. Integração no Reino de Portugal (reconquista da cidade por D. Afonso Henriques) 1147 Primeiro foral 1179 Capital do Reino 1256 |
Região (NUTS II) | Área Metropolitana de Lisboa |
Província | Estremadura |
Orago | São Vicente e Santo António |
Feriado municipal | 13 de junho (Dia de Santo António) |
Código postal | 1000 – 1990 |
Sítio oficial | www |
Município de Portugal |
Lisboa é a capital e maior cidade de Portugal, com uma população estimada de 548.703 habitantes em 2022 dentro dos seus limites administrativos numa área de cerca de 100 quilómetros quadrados.[1] Lisboa é a capital mais ocidental da Europa continental (a segunda no geral, depois de Reykjavik) e a única ao longo da costa atlântica, estando as outras (Reykjavik e Dublin) em ilhas. A cidade situa-se na porção ocidental da Península Ibérica, na margem norte do rio Tejo. A porção ocidental da sua área metropolitana, a Riviera Portuguesa, acolhe o ponto mais ocidental da Europa Continental, culminando no Cabo da Roca.
Lisboa é uma das cidades mais antigas do mundo[2] e a segunda capital europeia mais antiga (depois de Atenas), antecedendo em séculos outras capitais europeias modernas.[3] Estabelecida por tribos pré-celtas e posteriormente pelos fenícios, Júlio César fez da cidade um município chamado Felicitas Julia,[4] acrescentando o termo ao nome Olissipo. Após a queda do Império Romano, foi governada por uma série de tribos germânicas a partir do século V, mais notavelmente os visigodos. No século VIII, no entanto, foi capturada pelos mouros. Em 1147, Afonso Henriques conquistou a cidade e em 1255 o povoado tornou-se capital do Reino de Portugal, substituindo Coimbra.[5]
Desde então, tem sido o centro político, econômico e cultural do país, como sede do governo, da Assembleia Nacional, do Supremo Tribunal de Justiça, das Forças Armadas e da residência do chefe de Estado. É também o centro da diplomacia portuguesa, com embaixadores de 86 países residentes na cidade, bem como representações de Taiwan e da Palestina.[6] Cerca de 3 milhões de pessoas vivem em sua área metropolitana, tornando-a a terceira maior área metropolitana da Península Ibérica (depois de Madrid e Barcelona), além de figurar entre as 10 áreas urbanas mais populosas da União Europeia,[7][8] representando cerca de um terço da população do país.
Lisboa é reconhecida como uma cidade global de nível alfa devido à sua importância nas finanças, comércio, moda, mídia, entretenimento, artes, comércio internacional, educação e turismo.[9][10] Está entre as duas cidades portuguesas (sendo a outra o Porto) reconhecidas como cidade global, sendo também sede de três empresas do Global 2000 (Grupo EDP, Galp Energia e Jerónimo Martins).[11][12][13] É um dos grandes centros económicos da Europa, com um setor financeiro em crescimento, sendo que o índice PSI faz parte da Euronext, a maior bolsa de valores da Europa continental. A região de Lisboa tem um PIB por paridade do poder de compra per capita mais elevado do que qualquer outra região portuguesa.[14][15][16][17] A cidade ocupa o 40º lugar de maior rendimento bruto do mundo e, com quase 21 mil milionários residentes, é a 11ª cidade europeia em número de milionários e a 14ª em número de bilionários.[18][19] A maior parte das sedes das empresas multinacionais portuguesas estão localizadas na região de Lisboa.[20]