Monismo (do grego μόνος mónos, "sozinho, único") é aquilo que atribui unidade ou singularidade (em grego: μόνος) a um conceito, por exemplo, à existência. Em geral, é o nome dado às teorias filosóficas que defendem a unidade da realidade como um todo (em metafísica) ou a existência de um único tipo de substância ontológica, como a identidade entre mente e corpo (em filosofia da mente) por oposição ao dualismo ou ao pluralismo, à afirmação de realidades separadas.
As raízes do monismo[1] na filosofia ocidental estão nos filósofos pré-socráticos, que abordaram o problema do um versus muitos, como Zenão de Eleia, Tales de Mileto, Parmênides. O estudo filosófico do Um é chamado de henologia. O monismo já teve importância filosófica em toda a história ocidental e oriental, com destaque em questões religiosas, devido às suas implicações teológicas e sobre a origem do universo (cosmologia). A frase do grego Epimênides (século VI a.C.) "Pois em Ti vivemos, nos movemos e temos nosso ser", em referência a Zeus, foi citada por Paulo de Tarso (Livro de Atos 17.28) e é um exemplo notável de monismo de realidade que engloba todos os seres. Na modernidade, Baruch Espinoza é talvez o mais conhecido filósofo monista por excelência, pois defende que se deve considerar a existência de uma única coisa, a substância (natura naturans), da qual tudo o mais (natura naturata), incluindo mente e matéria, são modos. Hegel defende um monismo semelhante, dentro de um contexto de absolutismo racionalista, junto ao pensamento do idealismo alemão baseado na descrição do Absoluto. Nietzsche afirmou que quando a ideia "Tudo é um" foi proposta, ela fez de Tales o primeiro filósofo grego.[2] Iris Murdoch disse em A Soberania do Bem: "Os hospícios do mundo estão cheios de pessoas convictas de que tudo é um. Pode-se dizer que 'tudo é um' é uma falsidade perigosa em qualquer nível, exceto no mais elevado".[3]
Vários tipos de monismo podem ser distinguidos: